Sunday, April 30, 2006

Boca do Dia

Hoje foi 30 de Abril de 2006. 3.º Domingo da Páscoa. Nosso Senhor é advogado. Ainda há esperança para a classe?

Freitas do Amaral - Parte I

Diz hoje o Sr. Ministro dos NEgócios Estrangeiros que não se considera policitamente morto:

«Não me considero politicamente morto, acho que ainda posso ter alguma coisa a dar ao meu país e enquanto for considerado útil e a saúde aguentar, estou disponível”, diz Freitas do Amaral, em entrevista à Agência Lusa. »

Tem havido, nos últimos tempos, alguma reflexão sobre a Pessoa do Prof. Freitas do Amaral. Julgo que não levará a mal se o considerar um "livre-pensador", profundamente humanista e, espero, personalista, pelo menos a acreditar na sua ideia de que não mudou e sabendo nós o sentido da declaração de princípios que o seu antigo partido publicou há trinta anos. É de facto difícil estar sempre na mesma "onda", pensar o mesmo que todos, a maioria ou mesmo, de quando em vez, algumas das pessoas. É essa, creio, a maior dificuldade para qualquer pessoa verdadeiramente inteligente e raciocinante. Como conseguir estar sempre na mesma sintonia dos outros durante uma vida? Como não ter espírito de auto-crítica e como não evoluir? Porque temos sempre de ir com a "manada", uma vez esta escolhida na juventude?

Em suma, conclusão desta primeira reflexão: percebo perfeitamente que alguém vá evoluindo, com a consequente modificação do seu pensamento em relação a cada ponto. Percebo perfeitamente que nem todas as opiniões dominantes na nossa "manada" devam ser as nossas e acho extraordinário que essa convergência/identidade possa existir em permanência. Só não usaria certos métodos nem daria cobertura a valores ou a concepções ideolígicas que, ainda que conjunturalmente apoiantes dos mesmos objectivos imediatos, são inimigas figadais da experiências juscultural e social em que nos encontramos.
Serra